Voltei. É engraçado como pouco mais de um ano pode mudar totalmente a personalidade de uma pessoa. Desde a criação do blog até agora muita coisa mudou. Sonhos se renovaram, alguns se realizaram e outros foram esquecidos. Aquele garoto que sonhava fazer uma faculdade de Engenharia Aeroespacial, hoje sonha em fazer Medicina e amanhã provavelmente sonhará em fazer Música em Berklee, mas isso é outra conversa. Uma palavra pra mim: imprevisibilidade. Mas nesse período também cresci, joguei no lixo alguns hábitos, me desprendi de amizades fúteis...Enfim, realmente, cresci. Algumas novidades apareceram: terminei o Ensino Médio, completei 18 anos, prestei vestibulares e não passei, agora estou em um cursinho na esperança de realizar o meu atual sonho: entrar na faculdade de Medicina. Dentre alguns hábitos que felizmente venho deixando de lado é o de deixar prevalecer a vontade de ter, em detrimento de ser. Há alguns anos, comprava vários livros - lançamentos, best-sellers, aqueles da capa bonita que vi na livraria -, hoje entendo que tudo isso era só pra ter aquela sensação de mais livros na estante, sendo que alguns deles estão pegando poeira lá, como uma constante indireta. Agora leio o que der na telha, leio o que me cativa. Doei muitos daqueles empoeirados volumes que sabia que não iria ler e olha: já desocupei uma prateleira, quem sabe um dia eu a complete de novo, mas até lá ela vai estar vazia. Como um lembrete.
Como disse, imprevisibilidade me define bem.
Mas imprevisibilidade, para quem lê - e para muita coisa - está longe de ser um problema. Para leitores natos, é difícil se ater a um gênero, um dia você tem aquela vontade de ler uma ficção científica, em outro você quer ler uma biografia de Salvador Dalí. True story, bro. Mas e quando ser imprevisível é planejar tudo com antecedência e na hora desistir, é um problema, certo? Depende, se você desistiu de um erro, meu caro, essa imprevisibilidade foi muito bem vinda. Por isso, mesmo que você queira jogar tudo pro alto, mandar um alto "foda-se" pra aquele no seu caminho que tenta te atrapalhar no seu estado de invencibilidade, para e pensa. Esse "fod*-se" pode virar um "me fud*". Isso aí, pode ser bem rápido. Não escrevo me colocando acima de ninguém, até porque todos já experimentamos uma situação parecida, tudo o que eu quero é evitar que isso aconteça novamente. Ah, mas é bem difícil, e todos sabemos disso.
Quantas vezes, eu lá estudando no fim de um dia exaustivo, ouvi aquela voz - era a minha mesmo - "deixa isso de mão, vai dormir cara, qualquer coisa tu estuda no fim de semana". Muitas vezes eu a ouvi, mas que voz mentirosa, hein? Quando chegava no fim de semana, estudar já era aquele Monte Everest que eu queria subir sem nenhum equipamento. Pra calar essa voz,a solução é: não sei, se souber me diz.
O problema é maior, quando essa "voz" se junta com outras. Reais e acompanhadas de um rosto. São aquelas que tentam destruir teus princípios e moldar a sua personalidade, te vendo como um espelho, nada mais. Se você conhece alguém assim, sai de perto que é treta. Um manual de conhecer esses aí é simples: são uma AK-47 onde a munição é de "fod*-se". O amigo diz pra estudar ele atira. Passa um tempo, o pai manda trabalhar ele atira. Mas uma hora a munição acaba brother.
Bom, voltando dessa narrativa meio incoerente, falo agora sobre o blog. O revolução literária voltou. Quero vir aqui regularmente, onde divagarei sobre tudo, sejam viagens (feitas e a fazer), músicas e claro, livros. Resenhas sempre estarão presentes, sejam daqueles best-sellers ou de um livro que encontrei por acaso. Espero que goste do que estará por vir. Entra aí que o café vai esfriar. Não sai não, tá cedo.