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Resenha: A culpa é das estrelas - John Green

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Nome: A culpa é das estrelas
Autor (a): John Green
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 288
Ano de lançamento: 2012
Onde comprar: Saraiva
Nota:     
 
Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Este foi um livro que me surpreendeu, mas de uma forma única e desconhecida. De modo totalmente novo, um romance conseguiu me fazer refletir sobre "O que é a vida, se não uma batalha ?". Em começo de conversa, nunca fui fã de romances com alto teor romântico (leia-se Nicholas Sparks), então antes de começar a folhear este, não criei grandes expectativas. E este foi o problema. Sempre quando minhas expectativas são gigantes sobre um livro, e ele não as supera, eu me sinto desolado, porque para mim não há nada pior do que uma obra com uma boa premissa não sendo bem desenvolvida. No caso de "A culpa é das estrelas" foi exatamente o contrário.
Antes de lê-lo, esperava que me decepcionasse logo nas primeiras páginas, com personagens mal construídos e enredo pobre. Por isso, no término da leitura, o defini como arrebatador, porém, vou seguir a ordem cronológica dos fatos.
Hazel Grace, foi para mim, uma grande representação de como um personagem pode evoluir durante o enredo de um livro. Começando pessimista quanto sua vida em geral,e evoluindo sempre, para mais otimista, quando conhece Augusto Waters, o adolescente que de fato, vai mudar o rumo da sua vida, e de como ela vai abordá-la.

“[...] Vou colocar os olhos robóticos, porque, quer dizer que com olhos robóticos pode ser que eu consiga ver atrás das camisetas das garotas, e tal [...]"

O livro é tocante de uma maneira bem natural, com passagens lúdicas, como nas quais está presente o sempre otimista Isaac, como na passagem citada acima, que mesmo em meio a uma situação tão angustiante como essa, ele consegue torná-la divertida, de maneira magistral. Até me arrisco a dizer que foi com ele que dei os melhores e sinceros risos da minha vida.
É óbvio que as risadas não predominam no livro, pois há passagens que certamente dão um nó na garganta. Contudo, é uma sensação muito bem vinda, porque, pessoalmente, me senti mais vivo.
Sobretudo, olhando algumas opiniões sobre o livro, percebi que não agradou a todos, alguns partem da premissa de que a história foi "chata e mal-construída", eu não presenciei em nenhum momento uma passagem "chata", muito menos "mal-construída", mas isto como tudo, é uma questão particular, então só lendo é possível retirar suas próprias observações sobre o livro.
Concluo aqui, com uma certa saudade dos personagens após escrever essa resenha, que "A culpa é das estrelas" é uma bela forma de questionar o quão otimista somos em face de uma situação ruim e desoladora. É uma bela reflexão de que sozinhos, dificilmente poderemos enfrentá-la. Posso sintetizá-lo como um manifesto contra o pessimismo, da maneira mais maestral possível de combatê-lo. Altamente recomendado para todos aqueles que existem, e que buscam fazê-lo da melhor maneira possível.

"Alguns infinitos são maiores que outros"
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Um comentário:

  1. Esse é um dos melhores livros do John, se não o melhor. Acho que pelo fato de estar muito conhecido as pessoas esperam de mais e acabam se decepcionando. Ao que tudo indica, esse livro é para os que querem ler e não aos que sabem. Parabéns pela resenha! Abraços

    http://laanaminhaestante.blogspot.com.br/

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